Sem receberem as emendas parlamentares devidas pelo governo do estado, os deputados estaduais estão esvaziando as sessões e deixando de votar os vetos como punição ao não pagamento das mesmas.
A intenção dos deputados é trancar a pauta de votação, chamando assim, a atenção do governador Pedro Taques (PSDB), tendo em vista que a Assembleia Legislativa deve apreciar ainda este ano a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019.
O presidente da Casa de Leis, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) afirma que tem trabalho no sentido de garantir a presença dos parlamentares durante as sessões, mas tem encontrado dificuldades por conta desta manobra.
“Atrapalha os serviços da Casa. Eu tenho tentado de todas as formas que os deputados venham para votar os vetos. Na verdade, eles veem, na sessão de terça haviam 20 deputados, mas o problema é que eles obstruíram a votação. Foi proposital, foi totalmente arquitetado por alguns deputados”, disse.
O democrata afirma que os parlamentares estão revoltados com o fato de o Governo ainda não ter honrado com algumas emendas. “Eu creio que seja pelo pagamento de algumas emendas por parte do governador Pedro taques”, enfatizou.
Entre as propostas "barradas" pelo atual governador estão temas de interesse social, econômico e ambiental para Mato Grosso, como é o caso do projeto de lei 69/2017, proposto pelo presidente da Casa, que estabelece a obrigatoriedade de oferta de lanche aos alunos da rede estadual de educação pública, antes do início das aulas.
Ainda, de acordo com os deputados estaduais "na contramão da preservação ambiental", também foi vetada a sanção do Projeto de Lei 393/2016, de autoria do primeiro-secretário do Legislativo, deputado Guilherme Maluf (PSDB), que trata da utilização sustentável de embalagens; assim também o fez com o Projeto de Lei 354/2016, proposto pelo deputado Wancley Carvalho (PV), que proíbe a queima de pneus sem a utilização de sistemas eficazes para filtragem da fumaça tóxica.
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